terça-feira, 29 de novembro de 2011

1º DE DEZEMBRO - DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS



HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante FAZER O TESTE e SE PROTEGER em todas as situações. 

SINTOMAS E FASES DA AIDS

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A segunda fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!

TESTE DE AIDS


Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida.
Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA (ver localização pelo país). Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (0800 61 1997).
A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.

TRATAMENTO

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como AIDS. Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento.
Os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV , vírus causador da AIDS , mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico . Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids.
Desde 1996, o Brasil Distribui Gratuitamente o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas recebem regularmente os remédios para tratar a doença. Atualmente, existem 19 medicamentos divididos em cinco tipos.
Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido. O tratamento é complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas, ou seja aderir ao tratamento . Por isso, é fundamental manter o diálogo com os profissionais de saúde, compreender todo o esquema de tratamento e nunca ficar com dúvidas.
                                   QUALIDADE DE VIDA
Uma alimentação saudável aumenta a resistência à AIDS, fornecendo energia para as atividades diárias e, também, vitaminas e minerais que o organismo precisa. Além de tornar a pessoa mais disposta, uma alimentação equilibrada fortalece o sistema de defesa, ajuda no controle das gorduras e açúcares do sangue, a absorção intestinal e melhora os resultados do tratamento.
A alimentação saudável é aquela que tem todos os alimentos necessários, de forma variada e equilibrada. Para se ter uma alimentação saudável, o ser humano precisa consumir alimentos de todos os três grupos: Carboidratos, Proteínas e Gorduras.


Como se alimentar melhor?


O ideal é fazer três refeições principais por dia, com dois ou três lanches nos intervalos. A alimentação deve ser balanceada, variada, dando preferência aos alimentos não industrializados, sempre respeitando as características e hábitos de cada um. Deve ser priorizado o consumo diário de frutas, verduras, legumes, alimentos integrais e carnes magras. Frituras, gorduras e açúcares devem ser diminuídos ou evitados.

Cuidado com os alimentos

Um grande problema para os soropositivos são as doenças provocadas por alimentos contaminados, que podem causar vômitos, diarreias ou mesmo infecção intestinal. Alguns cuidados e dicas com os alimentos:
  • Antes de cozinhar, lavar bem as mãos e os utensílios que forem ser usados.
  • Copos ou pratos rachados não devem ser usados, pois os germes se acumulam nas rachaduras.
  • O lixo deve estar bem tampado e longe dos alimentos.
  • Manter os alimentos fora do alcance dos insetos, roedores e outros animais. Cobrir ou guardar em vasilhas bem fechadas.
  • Não consumir alimentos com alterações de cor ou cheiro.
  • Descongelar as carnes na geladeira e não em temperatura ambiente. Evitar comer carne crua.
  • O leite pasteurizado deve ser mantido na geladeira depois de aberto e a atenção na validade deve ser constante. Se não for pasteurizado, recomenda-se ferver antes de beber.
  • Evitar comer ovos crus. Cozinhar até ficarem duros (6 a 8 minutos de fervura) ou fritar até a gema ficar dura.
  • Cortar a carne e os vegetais em tábuas de plástico ou vidro e depois lavar. Evitar a tábua de madeira, pois acumulam muitos germes e bactérias.
A prática regular de exercícios físicos é indicada a todos as pessoas, principalmente aos soropositivos, por estimular o sistema imunológico, aumentar a disposição, a autoestima, aliviar o estresse, melhorar a depressão, entre outros benefícios para a saúde em geral. Para o soropositivo, o exercício também é recomendado por prevenir e amenizar os efeitos colaterais provocados pelos remédios, como a lipodistrofia - mudanças na distribuição de gordura pelo corpo que pode afinar braços e pernas, por exemplo.
Os exercícios físicos podem ser aeróbicos (como caminhada, bicicleta, dança, ginástica localizada, natação, hidroginástica) e de carga (musculação). Os aeróbicos melhoram a oxigenação do coração e dos pulmões, diminuem o nível de colesterol e ajudam a queimar a gordura que se deposita na barriga. Os exercícios de carga, como a musculação, por exemplo, ajudam a manter a massa e a força muscular. Antes de fazer qualquer exercício, o médico deve ser consultado para avaliar a condição clínica do paciente e liberar a prática.

Como qualquer outra pessoa, a pessoa que vive com HIV/AIDS tem o DIREITO de levar uma vida igual à de todo mundo. Pode trabalhar normalmente, praticar esportes, ir a festas, frequentar bares, shoppings, clubes e se relacionar com as pessoas, social e afetivamente. Está comprovado que a continuidade da vida social e a adesão adequada ao tratamento resultam na melhora da qualidade de vida e na resposta ao tratamento com medicamentos antirretrovirais.
A vivência da sexualidade é um aspecto essencial da vida do ser humano. E não é porque uma pessoa se descobriu soropositiva que deve deixar sua sexualidade de lado. A diferença é que o sexo deverá ser sempre com camisinha. Esse cuidado é para não transmitir o HIV, vírus causador da aids, e para evitar uma nova infecção pelo vírus e por outras doenças sexualmente transmissíveis. A reinfecção provoca aumento na carga viral e risco de adquirir outras mutações virais. Com isso, a eficácia do tratamento com os remédios antirretrovirais pode ser comprometida. Por isso, é preciso usar a camisinha sempre!
As dificuldades em usar o preservativo também podem estar presentes por diversos motivos: a falta de hábito de usá-lo antes da descoberta da infecção, a sensação de que a camisinha atrapalha a relação, o esquecimento ou mesmo a crença de que não precisa usar preservativo quando ambos os parceiros são soropositivos. É fundamental encontrar formas de superar essas dificuldades e construir alternativas prazerosas e seguras para que as pessoas continuem se relacionando afetiva e sexualmente.


Além do tratamento existente com os remédios antirretrovirais, exercícios físicos e alimentação equilibrada, há algumas práticas que o soropositivo pode adotar que melhoram a saúde e a autoestima. As chamadas terapias complementares estão disponíveis nas unidades públicas de saúde de todo o país e devem ser indicadas por profissionais e avisadas ao médico. 
Apesar de fazerem bem à saúde, não podem substituir os medicamentos, pois não combatem a aids. Essas terapias são muito utilizadas para reduzir o estresse e os efeitos colaterais dos coquetéis, melhorar o sistema imunológico, aliviar a dor e auxiliar no tratamento de infecções oportunistas. As mais comuns são: acupuntura, homeopatia, massagens (shiatsu e reflexologia), práticas físicas (yoga e Tai Chi Chuan), além do consumo de algumas ervas medicinais.

Para mais informações acesse o site do Ministério da Saúde: AIDS 


O laço vermelho, símbolo nacional ficará gigante na mobilização nacional das escolas públicas da Diretoria Centro-Oeste em defesa da vida, da prevenção e de um conviver sem preconceito. Use a criatividade. Mobilize a sua escola.
Convide a sua comunidade. Faça coletivamente um grande laço com o material desejado e participe da nossa campanha de Prevenção a AIDS.

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